Já estava aquele lusco-fusco de final de tarde, e quando passei por ele, de carro, lancei-lhe um olhar de soslaio..como quem não quer a coisa!! Mas não parei o carro...segui para o supermercado.
Quando estava a regressar a casa, já de noite, fiz o mesmo percurso, e tive a oportunidade de verificar que o banco, embora algo desmembrado, ainda poderia ser trazido de novo à vida.
Confesso que estava bastante reticente em parar o carro e guardar um objecto do lixo à frente dos traseuntes que por ali passavam (e que também me olharam de lado). De repente, parei e dei meia volta, pois o caixote do lixo já tinha sido deixado para trás, e junto a ele, também o banco. Senti-me uma rufia por estar a mudar de ideias, mas senti-me muito bem.
Assim, regressei ao "local do crime", recolhi o banco num ápice, e arranquei dali rapidamente (devo ter, inclusivamente, corado).
Foi a minha primeira vez a recolher algo do lixo estando sozinha, sem que a Sofia tivesse dito "Pára o carro, está ali uma coisa ao pé do lixo!!!!!!!".
Quando cheguei a casa, disse-lhe: "Sofia, tenho uma prenda para ti!". Mostrei-lhe o banco, e ela teve a reacção de contentamente de como se tivesse recebido uma jóia cara.
Para ela, foi melhor que uma jóia cara.
Para mim, foi um momento de grande satisfação, e posteriormente de orgulho ao ver a transformação do "meu menino".
MJ.
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