08 janeiro 2010

Armário azul




Este armário, mostro-o para verem e sentirem o entusiasmo de um móvel recuperado, que antes se encontrava negligenciado.
Pedi-o aos meus avós, que quase não mo deram, por acharem o armário mais indicado ao caixote do lixo do que à cozinha da minha nova casa.

Que gozo me deu ver a cara deles depois de o ter recuperado!

S.


Tem imensa arrumação e, por estar no centro da cozinha, serve de apoio às refeições rápidas, às permanências dos amigos na hora de cozinhar, e às (más) experiências culinárias da Sofia.

MJ

Banco de cozinha


Chovia torrencialmente e já estava atrasada – como de costume – para ir almoçar com a minha mãe. Vi um banco de madeira junto ao caixote e reparei que tinha as pernas atadas com um cordel. Quando regressei, pelo mesmo caminho, lá estava ele. Óbvio que segundos depois, já estava na bagageira do meu carro! Ehehehehe!

Ele estava ali…sozinho…mesmo à minha espera.

Calculo que o cordel lá estivesse porque as pernas do banco estavam bambas, mas o banco apanhou tanta chuva, que a madeira inchou, e elas deixaram de abanar.
Lixei-o e dei-lhe uma boa camada de Bondex.

Todos os dias lhe damos uso.

S.

Expositor - MJ's first time


A minha primeira experiência como salvadora de objectos indesejados foi quase por acidente. Ia com a Sofia ás compras quando, de repente, como se tivesse avistado um cãozinho deitado na estrada, a Sofia exclamou, muito aflita: “Olha ali pró caixote do lixo!!!” (ela nem sabia do que se tratava).
Então, após uma paragem brusca, lá saímos do carro e fomos à descoberta. Parecia uma moldura, mas era ligeiramente diferente - confesso que nem sabia para que servia. A Sofia lá explicou que se tratava de um expositor.
Estava em muito bom estado, considerando que se encontrava no lixo; trazia chave e o vidro estava impecável. Metemo-lo no carro, porque a Sofia começou logo a magicar qual o uso a dar-lhe e como o recuperar. Neste momento, contém pequenas recordações.
A experiência foi constrangedora, principalmente porque foi em plena luz do dia. Actualmente, depois de tantas recolhas já se torna divertido.
Agora, quando a Sofia está com a neura, eu sugiro fazer "uma ronda"! ehehehe! E vamos de carro pelas ruas das redondezas em busca de o que são, para ela, pequenos tesouros.

MJ

Cadeira com assento em pele


Encontrei-a em Oeiras, à beira da estrada. Salvei-a antes do camião do lixo chegar.
Ia com a MJ no carro quando a vi. Estávamos cheias de pressa, mas pedi-lhe para parar e meti-a rapidamente no carro. Quando cheguei a casa é que vi o que trazia comigo. Uma cadeira com assento em pele, mal amada por quem a deixou. Está partida numa das traves do espaldar e não tinha os terminais (actualmente pintados de vermelho).
Arranjei uns terminais em pinho que pertenciam a outra coisa qualquer, mas que foram perfeitos para o propósito que lhes destinei. E fui pintando...os terminais...o espaldar...

Não há lixo...há somente coisas que as pessoas deitam fora, muitas vezes por preguiça de as ressuscitar. Por vezes, basta querer e um pózinho de imaginação.

Contactem-nos se tiverem "o querer", que nós temos a imaginação.

Sofia & MJ

Menino Jesus da casquinha de noz


É incrível o que se faz com restos de outras coisas. Uma casca de noz, uma fita tirada de uma prenda, uns restos de feltro.
O menino Jesus na casca de noz, é uma tradição familiar, por isso, o conceito não é propriamente original.
E sim, fi-lo este Natal.

Sofia

Arca Azul


A minha querida arca azul.
Foi a primeira vez que salvei um objecto do lixo. Vi um jipe parar e duas pessoas deitarem fora uma arca.
Era de noite e estava longe para perceber se a arca estava em bom estado. Esperei, namorei-a de longe, e decidi ir espreitar.
Era de noite, afinal quem é que me iria ver?

Aparentemente estava óptima, mas só ia comprovar o seu estado geral se a levasse comigo. E levei. É toda em madeira, revestida a chapa metálica colorida. Obviamente não é nova, e há pequenos pontos de ferrugem que lhe dão um ar vivido. Por dentro, forrei-a a papel de riscas rosa e verde claro.
Está no centro da casa, servindo tanto de mesa como de banco, é a melhor aliada num jantar de amigos.

Ir buscá-la e perder a vergonha de ir ao lixo foi a melhor opção. Depois disto, "ir ao lixo" ver o que encontro é estranhamente emocionante, e já fiz com que algumas pessoas me ajudassem, embora sempre reticentes no início.

S.